1. Como você conheceu o trabalho do Henfil? E o próprio cartunista em carne, osso e tiração de sarro? Lembra da ocasião? Conheci o trabalho do Henfil pelo Pasquim. Os Fradinhos causaram um impacto enorme, não só em mim, acho que em tudo quanto é leitor. Depois veio a Graúna, o Zeferino, o bode Francisco Orellana... a gente se deliciava. Quando comecei a colaborar no Pasquim, em 1976, se me lembro bem, o Henfil morava no Rio Grande do Norte, não o conheci pessoalmente. Eu mandava meus textos para o Pasquim pelo correio, algumas vezes que fui ao Rio de Janeiro dei uma chegada à redação do jornal. Na primeira vez, me surpreendi: achava que ia encontrar todo mundo farreando na redação, mas não era nada disso. Estavam trabalhando em silêncio, cada um ocupando uma mesa, só o Jaguar destoava, era mais anárquico. Como eu trabalhava também no Versus, um jornal "sério", achava gozado. Algumas pessoas achavam que no Versus a gente era tudo sério, só fazia discussões intelectuais e q...
TENTOU-SE DE TUDO Turma da Fofura, Os Trapalhões, Fofão, TV Colosso, Menino Maluquinho, Senninha... durante dez anos, foram inúmeras as tentativas da Editora Abril de substituir os personagens de Maurício de Sousa . Afinal, ao sair da casa em 1987, Maurício não só levou suas criações para a Editora Globo , como também seu enorme faturamento em bancas. E abriu um buraco nas finanças da editora. Para os quadrinhistas foi excelente, pois abriu espaço para que eles mostrassem suas criações. Isso encorajou o desenhista Jótah em parceria com a produtora e colorista Sany (experts em desenhos infantis, tendo participado com animações para o programa Rá-Tim-Bum da TV Cultura , revistas da LBV, ilustracões para livros didáticos e jogos infantis) a entregar em 1993, um projeto de uma nova hq para a Abril . E acabou engrossando a fila de candidatos à vaga de Maurício na casa. UMA EXPLOSÃO NAS BANCAS E assim, no mês de abril de 1996, chegou às bancas o primeiro núme...
A AQC parabeniza a todos que dedicam parte de seus dias (ou seus dias inteiros) à produção, leitura ou pesquisa da Nona Arte, as conhecidas Historias em Quadrinhos. Sabemos que não é fácil (num país golpeado, em que a crise tira o emprego e a comida da mesa de tanta gente) consumir Quadrinhos em tempos bicudos como estes. Mesmo assim, milhares de quadrinhistas de norte a sul do país pensam, escrevem, desenham, pintam produzem, editam, publicam e vendem suas revistas, mantendo acesa a chama de produzir arte gráfica sequencial. Os mestres já passados -criativos pioneiros e desbravadores- têm seus lugares reservados no Panteão das HQs, mas os novos são responsáveis por tudo o que vamos galgar pela frente. A vocês a AQC dedica o dia de hoje. O Dia do Quadrinho Nacional.